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Conheça as principais teorias sobre o povoamento da América

Há diferentes pesquisas e teorias sobre como teria ocorrido o povoamento da América, ou seja, como os primeiros homens pré-históricos ocuparam o continente. No artigo a seguir iremos apresentar com mais detalhes essas teorias.

As principais teorias sobre o povoamento da América

Os colonizadores europeus descobriram a existência do continente americano no final do século XIV e início do século XV. Nessa época, eles se depararam com povos nativos, ou seja, essas novas terras já eram habitadas.

Como o ser humano teria chegado a essas terras se elas não estavam ligadas a outros continentes? Essa é uma questão bastante relevante, pois a sua resposta seria bastante esclarecedora para uma série de questões sobre a história da humanidade. Por isso há um campo de estudo focado apenas em desvendar esse tópico.

Pré-história americana 

Em linhas gerais, a Pré-história americana tem como foco de suas discussões o período em que os primeiros homens pré-históricos ocuparam o continente. Há diferentes pesquisas a respeito desse tema que indicam datas que variam entre 20 e 35 mil anos atrás. 

De acordo com investigações científicas mais recentes esse período seria de 50 mil anos atrás. Alguns estudiosos acreditam que o continente americano, assim como o africano e asiático, tinham suas populações nativas. 

Porém, a tese do autoctonismo não conta com afirmações materiais uma vez que não foram encontrados fósseis humanos anteriores ao do Homo sapiens. É por esse motivo que as teorias que acreditam que grupos humanos teriam migrado para a América são mais bem aceitas.

Teoria do Estreito de Bering 

Dentre as teorias migratórias, a que tem maior destaque é aquela que acredita que os primeiros grupos humanos a chegar ao continente americano vieram da Ásia. Esses povos teriam semelhanças físicas com as populações mongolóides e pré-mongolóides asiáticas. 

O congelamento do Estreito de Bering, que separa a Ásia da porção norte da América, possibilitou que esses povos chegassem ao continente americano. O homem pré-histórico asiático pode migrar para a América, há cerca de 12 mil anos devido:

• Ao congelamento do Estreito de Bering;
• Baixa no nível das águas do Oceano Glacial Ártico.

Evidências

Aqueles que defendem a tese migratória, usam de base para suas afirmações os vestígios pré-históricos encontrados no sítio de Clóvis, no Novo México, Estados Unidos. Contudo, essa tese é bastante questionada.

Questionamentos

A Teoria do Estreito de Bering foi bastante questionada em 1975. Nesse ano, foi encontrado na cidade de Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil, um fóssil. Após análises, foi constatado que era de uma mulher, que recebeu o apelido de “Luzia” e datado como equivalente aos dos primeiros povos que ocuparam a América do Norte.

Outro ponto relevante é que os traços dessa mulher são semelhantes aos das populações do continente africano ou aos dos aborígines australianos. Isso levou a comunidade científica a considerar uma terceira hipótese.

Teoria Transoceânica

Nessa teoria considera-se que as primeiras populações da América teriam vindo de regiões do sul da Ásia, Polinésia e Oceania, há cerca de 10 mil anos. Esses grupos teriam se deslocado utilizando embarcações de pequeno porte. Após algum tempo se fixaram no litoral leste do continente americano e por fim buscaram áreas no interior.

Sem consenso

Ainda não existe consenso entre os estudiosos do povoamento da América. Nesse sentido, ainda são realizadas pesquisas arqueológicas e paleontológicas que visam novas descobertas. Enquanto isso, o debate a respeito do tema cresce e se torna mais rico.

Inúmeros vestígios pré-históricos americanos ainda aguardam para serem encontrados pelo homem contemporâneo. Quanto mais esses vestígios forem encontrados, mais saberemos sobre os povos que formaram as primeiras populações do continente.

Como já mencionamos, ter respostas sobre a origem desses povos é importante para podermos compreender a história da humanidade como um todo. Esse campo de estudo está constantemente passando por atualizações que visam contribuir para a construção desse conhecimento. 

Luzia: fóssil que sobreviveu ao tempo e ao fogo

Citamos ao longo do artigo como a descoberta do fóssil de Luzia, em 1975, foi importante para abrir questionamentos sobre as teorias de povoamento da América. É interessante mencionar como esse fóssil sobreviveu ao tempo e também a ação do fogo durante o incêndio que acometeu o Museu Nacional, em 2018. 

O crânio mais antigo já encontrado no continente americano não foi destruído na tragédia que dizimou mais de 80% do acervo do museu. Alguns dias após o ocorrido, o fóssil foi resgatado por uma equipe de especialistas da instituição. 

Contudo, houve alguns danos decorrentes da ação do calor que derreteu a cola que mantinha o crânio unido. Dessa forma o crânio foi despedaçado e danificado. Porém, analisando que a perda poderia ter sido total é para celebrar que o fóssil foi recuperado com danos não tão significativos. 

Gostou de saber mais sobre as principais teorias de povoamento da América? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!