O termo fobia refere-se a um medo irracional e persistente de um objeto ou situação. No artigo a seguir, iremos apresentar a origem dessa palavra. A partir desse histórico se tornará mais simples entender o conceito.
A palavra “fobia” tem sua origem no grego –phobía que diz respeito a –phobe e está associado a phobos. A interpretação mais convencional é como medo.
Na mitologia grega, Phobos era o filho de Ares e Afrodite e sua figura remetia à coragem necessária para enfrentar os maiores medos. Podia representar também o seu oposto: a covardia.
Phobos acompanhava Ares nos campos de batalha para despertar o medo nos corações dos adversários. Nas histórias mitológicas, a presença de Phobos fazia com que os inimigos paralisassem e fugissem.
Retomando o histórico etimológico da palavra fobia há ainda uma raiz indo-europeia em *bhegw-, que pode ser entendida como “fugir”. O sufixo –ia é usado para a substantivação sendo regido pela base do latim. O gênero de propriedade é o feminino.
Para compreender plenamente o conceito de fobia é essencial diferenciá-lo do medo. A seguir você pode conferir uma breve explicação sobre ambos.
Apesar de sentir medo ser desagradável, essa é uma emoção necessária. Trata-se de uma resposta bioquímica do corpo humano diante de uma situação de perigo. Quando sentimos medo, nosso corpo geralmente apresenta os seguintes sinais:
O organismo produz esses sinais para podermos lutar ou fugir desse perigo. Cada pessoa tem uma resposta emocional diferente diante da situação de medo. Há aqueles que se sentem bem com a adrenalina produzida. Outras pessoas, por sua vez, passam a evitar situações que gerem esse tipo de sensação.
A área da psicologia define a fobia como um transtorno de ansiedade. Esse transtorno é classificado como transtorno fóbico-ansioso no CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde).
De acordo com dados do Instituto Nacional de Saúde americano, cerca de 20% da população mundial sofre com esse transtorno. O Manual MSD, material de referência médica, destaca que as fobias específicas são o tipo mais comum de transtorno de ansiedade.
Indivíduos que apresentam uma fobia específica evitam objetos ou situações específicas que lhes desencadeiam episódios de medo ou ansiedade. Essas pessoas podem ainda suportar a situação ou objeto, mas sentindo uma angústia intensa que pode desencadear um ataque de pânico.
Contudo, esses indivíduos reconhecem que a ansiedade sentida é excessiva e logo têm um problema. A fobia é um medo irracional que leva os indivíduos fóbicos a evitar algumas situações, pessoas e lugares para evitar um perigo.
Em 1786, o médico psiquiatra americano Benjamin Rush (1746-1813) usou o termo fobia em um trabalho escrito para a Revista Columbian. Nesse texto ele listou quinze formas de fobia dentre as quais estavam o medo irracional em relação a:
Rush conceituou a fobia como um medo irracional, extremo e incontrolável. Ele salientou que tal sentimento interfere na vida do indivíduo, especialmente nas suas relações e atividades sociais. A fobia cria uma barreira que impede a pessoa de progredir.
O médico destacou em seu texto que a fobia não deveria ser confundida com uma atitude de negação ou rejeição, afinal não é uma escolha pessoa. O indivíduo que sofre de uma fobia não escolhe ter medo de algo, apenas sente profundo pavor naturalmente.
A fobia é responsável por um medo incontrolável que pode levar ao surgimento de alguns sintomas físicos como:
A fobia é paralisante e pode incapacitar o indivíduo, impedindo-o de levar uma vida normal.
De acordo com o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), existem alguns subtipos de fobia que são assim classificados:
Fobias mais comuns:
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