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Conheça a história da bomba atômica

A bomba atômica, também chamada de bomba nuclear, tem capacidade de destruição em massa por liberar uma grande quantidade de energia. O seu funcionamento se dá através do processo de reação nuclear de fissão dos átomos. Continue lendo para saber mais sobre a sua história. 

História da bomba atômica

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os envolvidos passaram a tentar desenvolver armas mais potentes. O objetivo era causar impactos mais significativos nos adversários. A Alemanha nazista e os Estados Unidos disputaram uma verdadeira corrida para criar a primeira arma nuclear.

Sob o nome de “Projeto Manhattan”, os Estados Unidos desenvolveram, entre 1942 e 1945, a sua primeira bomba atômica. Foram utilizadas como base as teorias do físico teórico alemão Albert Einstein (1879-1955). Em 1945, foi realizado o primeiro teste de um dispositivo de fissão nuclear. 

Duas bombas nucleares foram lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, respectivamente, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945. As bombas se tornaram conhecidas como “Little Boy” e “Fat man” devido aos seus formatos e suas capacidades de explosão. 

Fatos importantes da história da bomba atômica

• Em carta, Albert Einstein relatou ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, que seria possível a construção de uma bomba atômica.
• Temendo que o ditador nazista, Adolf Hitler (1889-1945) descobrisse isso, Einstein, deu início ao Projeto Manhattan. 
• Após os ataques ao Japão, em 1945, Einstein passou a sofrer por compreender o poder de destruição que ajudou a desenvolver. 
• O físico norte-americano Julius Robert Oppenheimer (1904-1967) conduziu o primeiro teste nuclear bem-sucedido, em 16 de julho de 1945. 
• A explosão ocorreu no deserto de Alamogordo, na região de Los Alamos, no Estado do Novo México.
• Em 06 de agosto de 1945, o brigadeiro-general Paul Warfield Tibbets (1915-2007), pilotou o avião B-29 que detonou a bomba de Hiroshima. 
• Em 09 de agosto de 1945, a cidade de Nagasaki foi bombardeada com uma bomba atômica.
• Essa bomba era destinada à cidade de Kokura, no entanto, a região se encontrava coberta por nuvens. 
• Esses ataques marcaram de forma simbólica o início da Guerra Fria, disputa entre os blocos capitalista e comunista. 
• Na cidade de Hiroshima, existe um Museu Memorial da Paz que está localizado a 150 metros do local onde a bomba caiu.
• O museu conta com o Relógio da Paz, inaugurado em 2001. Basicamente ele conta o tempo em que o mundo está livre de testes e ataques nucleares.
• A contagem dos testes nucleares já recomeçou 12 vezes. Sendo dez devido a testes dos Estados Unidos e duas por causa de testes dos norte-coreanos. 

Como uma bomba atômica funciona?

As bombas nucleares funcionam de forma semelhante, a diferença está somente no elemento usado na sua composição. Os dois principais elementos utilizados para compor bombas atômicas são: urânio-235 e plutônio-239. 

Esse tipo de bomba funciona pelo princípio da fissão nuclear, que consiste na divisão de um átomo instável pelo bombardeamento de partículas como um nêutron. Assim é gerada uma reação em cadeia que provoca a fissão nuclear dos outros átomos presentes. 

Como é uma bomba de urânio?

O urânio é um dos elementos utilizados para construir bombas atômicas. No entanto, não é qualquer isótopo desse elemento que serve para essa finalidade, somente o U-235, instável o suficiente para a fissão nuclear. Confira abaixo a reação de fissão de um átomo de urânio-235: 

n + 235 U 92 → 91 Kr 36 + 142 Ba 56 + 3n + energia 

Observe que cada átomo de urânio que sofre desintegração libera outros três nêutrons. Na bomba nuclear, esses nêutrons são usados para partir outros três núcleos, gerando uma reação em cadeia e liberando grande quantidade de energia. Então, a reação em cadeia gerada pela fissão nuclear do urânio é utilizada como princípio das bombas atômicas.  

O grande poder de destruição das bombas atômicas 

A mensuração do poder de destruição das bombas nucleares é feita através das unidades de medida quiloton ou megaton. Essas unidades estão relacionadas com o poder de destruição de dinamites (TNT), sendo:

• Quiloton – equivalente à explosão de 1000 toneladas de dinamite.
• Megaton – equivalente à explosão de 1.000.000 (1 milhão) de toneladas de TNT. 

Para entender mais claramente, a bomba atômica conhecida como Little Boy (lançada sobre Hiroshima) tinha poder de destruição equivalente a 16 mil toneladas de TNT. Isso equivale a 16 quilotons. Por sua vez, a bomba conhecida como Fat Man (lançada sobre Nagasaki) apresentava cerca de 20 mil quilotons. 

Embora tenham causado grande devastação, as duas bombas atômicas usadas na Segunda Guerra Mundial, não estão entre as mais poderosas já desenvolvidas. A bomba de maior capacidade de destruição de que se tem relato é a Tsar Bomb que tinha poder destrutivo de 50 megatons. 

A ação devastadora da bomba Little Boy

Little Boy, a bomba atômica lançada sobre a cidade de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, foi a primeira bomba atômica utilizada na história. Essa bomba era de urânio-235 e sua potência estava estimada em 16 quilotons. Lembrando que 1 quiloton equivale a 1000 toneladas de TNT. 

A explosão dessa bomba ocorreu a cerca de 570 metros do chão, gerando uma nuvem de fumaça que chegou a 18 km de altura. Essa explosão deu origem a uma bola de fogo com temperatura de cerca de 300°C e que gerou um raio de destruição de 2 km. Também espalhou uma nuvem radioativa.

Mais de 80 mil pessoas morreram imediatamente. Mais de 140 mil faleceram devido às queimaduras e ferimentos causados pela explosão e pelos danos gerados pela exposição à radiação. 

O Brasil não tem armas nucleares 

O Brasil é considerado um país livre de armas de destruição em massa, incluindo as armas nucleares. O país utiliza a tecnologia como uma aliada para finalidades pacíficas, conforme previsto pela Constituição Brasileira. Isso engloba as usinas nucleares (produção de energia elétrica), uso na agricultura, na área médica entre outros.

Agora você conhece mais sobre a história da bomba atômica. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!