O que você sabe sobre verbos? Este é um assunto muito importante para aprender e dominar. Pode ser que você não seja cobrado para fazer a conjugação de um verbo na sua prova do Enem e do vestibular. Ainda assim, esse conhecimento é fundamental para as provas de Língua Portuguesa, já que se trata da classe gramatical mais importante da língua, e também uma das mais complexas em termos de variações, flexões, tempos e modos verbais.
Conjugar verbos corretamente é essencial, inclusive, para escrever a sua redação. Se você cometer um erro gramatical pode acabar perdendo pontos importantes, que podem comprometer o seu sucesso na avaliação e prejudicar a sua aprovação no vestibular. Por isso, vale a pena acrescentar o assunto no seu plano de estudos.
Calma, não precisa se preocupar. Se você ainda tem dúvidas sobre como conjugar verbos, este artigo veio para ajudar. Preparamos dicas e informações que podem auxiliar na sua preparação. Confira!
Para explicar o mundo dos verbos, nós contamos com o apoio do professor Bruno Santana, coordenador da Hexag Medicina na unidade Campinas. Segundo ele, o primeiro passo para entender o que a palavra “verbo” pode significar é compreender a Gramática Normativa, que classifica as palavras de diversas maneiras. Uma dessas é a classificação morfológica, a das classes de palavras, que são agrupadas de acordo com as características formais que têm entre si.
“Sob esse viés, o verbo seria a palavra que se flexiona, isto é, muda de forma, para exprimir cinco tipos diferentes de ideias, como nos ensina o ilustre professor Rocha Lima em sua Gramática Normativa da Língua Portuguesa, a saber, modo, tempo, número, pessoa e voz”, explica Bruno.
Os verbos, a grosso modo, expressam fatos, acontecimentos, ações, ou seja, o que ocorre com os seres. De modo mais específico, também podemos ver sua função ao expressar fenômenos naturais, estados ou mudanças de estados.
Como colocado anteriormente, para conjugar um verbo é preciso atentar-se ao fato de que eles variam em modo, tempo, número, pessoa e voz. Abordamos cada uma dessas variações abaixo.
Os modos, no português brasileiro, são indicativo, subjuntivo e imperativo.
– Vendi meu carro. (indicativo)
– Talvez eu venda meu carro. (subjuntivo)
– Venda seu carro hoje! (imperativo)
Os tempos são presente, pretérito e futuro, ou, mais especificamente:
– pretérito imperfeito do indicativo
– pretérito perfeito do indicativo
– pretérito mais-que-perfeito do indicativo
– futuro do presente do indicativo
– futuro do pretérito do indicativo
– presente do indicativo
– presente do subjuntivo
– pretérito imperfeito do subjuntivo
– futuro do subjuntivo
Cabe ressaltar que o imperativo apenas se conjuga no presente.
Por número, entendem-se as flexões em plural e singular.
Exemplo:
– Comi um sorvete muito bom. (singular)
– Comemos um sorvete muito bom. (plural)
Indica as pessoas do discurso:
1ª – eu
2ª – tu
3ª – ele
A voz pode ser classificada em ativa, passiva e reflexiva.
Exemplo:
– Vendi aquele carro velho. (voz ativa)
– Aquele carro velho foi vendido por mim. (voz passiva)
– O carro velho era tão bonito que se vendeu sozinho. (voz reflexiva)
Os verbos são as palavras mais importantes de qualquer língua. Conhecer sua morfologia, compreender suas conjugações e conhecer de modo detalhado as diferenças que eles estabelecem nos diferentes gêneros textuais é essencial para um bom desempenho nas questões de Gramática, Literatura e Interpretação de textos, além da escrita da Redação.
Os vestibulares que se ocupam da Gramática Normativa, como PUCCAMP, FUVEST e os feitos pela FUNDAÇÃO VUNESP, tendem a cobrar conjugações verbais, vozes verbais e muita análise sintática, para qual o conhecimento profundo da natureza dos verbos é essencial.
Provas como a da Unicamp e do Enem, que se ocupam da linguística, podem exigir do candidato a compreensão mais específica dos tempos verbais na criação de diferentes sentidos e na elaboração dos gêneros textuais. Nesses casos, poderíamos pensar nos usos do imperativo em textos injuntivos, as diferentes formas do indicativo nas narrativas ficcionais ou até mesmo a forma como os verbos aparecem nas manchetes.
Nunca é demais ressaltar que a mídia, muitas vezes motivada pela procura por matérias altamente vendáveis, criou alguns nomes para fenômenos gramaticais como o “gerundismo” e o “subjuntivo paulista”. Tais fenômenos podem ser cobrados de maneira muito interessante pelos vestibulares. Entretanto, fique atenta e atento: vestibulares como a Unicamp e o ENEM não pediriam dos candidatos apenas o olhar da gramática normativa, cobrando, sim, o uso desses conhecimentos para a compreensão da variação linguística.
Agora você já sabe como conjugar verbos e quais são as informações mais importantes sobre este assunto para se dar bem na prova de Língua Portuguesa. Se quiser ficar por dentro de diversos assuntos relacionados à preparação para o Enem e o vestibular, acesse o Blog do Hexag Online e confira uma série de dicas e informações.