Bomba de Hiroshima – A primeira bomba atômica da história que foi utilizada

A bomba de Hiroshima foi a primeira bomba atômica a ser utilizada na história num contexto de guerra e direcionada contra alvos civis. No dia 3 de agosto de 1945, foi lançada contra a cidade japonesa de Hiroshima. O bombardeamento ocorreu já na fase final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Bomba de Hiroshima: o contexto da primeira bomba atômica utilizada

Para compreender o tema com clareza, é essencial contextualizar o período em que a bomba atômica foi utilizada. Todas as grandes potências mundiais da segunda metade do século passado participaram da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As nações se dividiram em dois grupos chamados de “Aliados” e “Eixo”. Para se ter uma ideia, houve a mobilização de cerca de 100 milhões de militares.

Durante essa grande guerra, houveram diferentes ataques a civis, como o holocausto contra os judeus e as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Estima-se que entre 50 e 70 milhões de pessoas foram vítimas diretas desse conflito.

As batalhas na Ásia se tornaram mais intensas a partir da rendição da Alemanha nazista em 1945. Inclusive, os conflitos nesse continente já ocorriam antes da Segunda Guerra Mundial, pois o Japão e a China já guerreavam entre si.

Ataque a Pearl Harbor: entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra

Os Estados Unidos entraram nessa história após um ataque empreendido pelo Japão à base naval norte-americana de Pearl Harbor, situada no Havaí, no dia 7 de dezembro de 1941.

A grande potência da América declarou guerra ao Japão e entrou oficialmente na Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, o Japão teve inúmeras vitórias sobre os Estados Unidos e seus aliados europeus, Inglaterra e França.

Porém, num certo momento, o país asiático não conseguiu mais custear os grandes custos da guerra e passou a amargar derrotas. Os japoneses, porém, não se renderam mesmo depois da Alemanha se render. A resistência foi mantida através dos kamikazes, pilotos que se suicidavam a bordo de aviões lotados de bombas jogados contra os navios dos Estados Unidos. 

Projeto Manhattan

Em paralelo à Segunda Guerra Mundial, os EUA investiam no desenvolvimento do chamado “Projeto Manhattan”. Essa iniciativa científica tinha como foco a criação de um armamento com base em fissão do átomo. Havia inúmeros cientistas norte-americanos e de outras nacionalidades, como aqueles que fugiram de governos nazifascistas na Europa, trabalhando para esse desenvolvimento.

O grande objetivo do projeto era se adiantar aos alemães que também estavam investindo na criação de uma bomba atômica. Em 16 de julho de 1945, foi realizado o primeiro teste com sucesso de uma das bombas criadas pelo Projeto Manhattan. O teste ocorreu no deserto de Alamogordo, no Novo México. Em julho de 1945, o Imperador japonês Hiroshito se recusou a assinar a rendição proposta pelos norte-americanos. 

A decisão

Henry Truman, o então presidente dos Estados Unidos, decidiu utilizar a bomba atômica para causar terror no Japão, evitando dessa forma ter que invadir a nação com tropas estadunidenses. Essa decisão teve como base cálculos de que uma invasão e combate em território inimigo poderia resultar na morte de cerca de um milhão de militares. 

O bombardeio

Um bombardeiro B-29, chamado de Enola Gay, despejou sobre a cidade de Hiroshima uma bomba de urânio, chamada de “little boy”, no dia 6 de agosto de 1945. Essa bomba explodiu a 570 metros do solo, formando, assim, uma bola imensa de fogo no céu.

Houve a liberação de imenso calor e a criação de uma nuvem gigante de fumaça com o formato de cogumelo que chegou a mais de 18 km de altura. Os danos da bomba se estenderam por um raio de 5 km, deixando apenas parte do edifício em que ficava um museu, atualmente esse é o Memorial da Paz de Hiroshima.

Logo após a explosão, cerca de 80 mil pessoas perderam a vida. Outros milhares vieram a falecer posteriormente devido a graves queimaduras, ferimentos e especialmente pelo envenenamento decorrente da exposição a elevadas doses de radiação. O número de vítimas é estimado em mais de 160 mil.

Nagasaki 

Três dias após a bomba de Hiroshima ter sido lançada, ocorreu um novo lançamento de uma bomba atômica sobre o Japão. O alvo dessa vez foi a cidade de Nagasaki, o bombardeiro B-29 chamado de “Bockscar” despejou uma bomba de plutônio apelidada de “Fat Man” sobre a região. 

Embora essa bomba fosse mais forte do que a de Hiroshima, levou a menos perdas humanas, haja vista que a cidade de Nagasaki fica localizada entre montanhas. O número de mortos logo após o lançamento ultrapassou os 40 mil. O número total de óbitos, incluindo as vítimas de queimaduras, envenenamento e exposição a radiação, chegou aos 80 mil. 

Rendição do Japão

Os ataques com as bombas atômicas levaram o Japão a anunciar a sua rendição e saída da Segunda Guerra Mundial. Em 2 de setembro de 1945, o Imperador japonês assinou a rendição. 

O que é fissão nuclear?

Basicamente, trata-se da desintegração de um núcleo atômico pesado em núcleos menores, porém, mais estáveis. Um bom exemplo é o urânio-235, isótopo naturalmente instável, que tende a se desintegrar em 2 núcleos mais estáveis: Bário-144 e Criptônio-89 e ainda libera 3 nêutrons.

No âmbito bélico, a fissão nuclear instantânea de uma quantidade expressiva de plutônio ou urânio pode levar a liberação de quantidades absurdas de calor e energia, resultando num grande poder de destruição. A fissão nuclear também pode ser utilizada para fins positivos como a produção de energia nas usinas nucleares, por exemplo. 

Poder de destruição das bombas atômicas

Bombas atômicas têm grande poder de destruição não somente pela geração de calor e energia, mas também por liberarem emissões radioativas. Essas emissões levam à contaminação do solo, da atmosfera, da água, enfim, afeta a vida da região como um todo. Milhares de pessoas morreram após o lançamento das bombas devido ao envenenamento radioativo. 

Agora você já sabe tudo sobre a primeira bomba atômica a ser utilizada.

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