Conheça quem foi Alexandre Dumas e as características de suas obras

O francês Alexandre Dumas entrou para a história como um dos poucos escritores negros a conquistar fama, dinheiro e reconhecimento em sua época. Dramaturgo e romancista, Dumas é conhecido, entre outras coisas, pela obra “Os três mosqueteiros”. Continue lendo para conhecer mais sobre o autor e sua obra.

Quem foi Alexandre Dumas?

O escritor Alexandre Dumas nasceu em Villers-Cotterêts, na França, no dia 24 de julho de 1802. Ficou órfão de pai com apenas três anos de idade e sua família enfrentou dificuldades financeiras. 

Em 1823, Dumas se mudou para Paris e passou a trabalhar no gabinete do duque d’Orléans (1773-1850). No ano seguinte nasceu seu filho Alexandre Dumas Filho (1824-1895). Na capital francesa, o escritor buscou se consolidar na carreira de dramaturgo.

O dramaturgo Alexandre Dumas

Em 1829, a peça “Henrique III e sua corte” foi encenada na Comédie-Française e se tornou grande sucesso de público. Outras peças de Dumas foram encenadas com destaque para “Antony”, outro grande sucesso. 

Em 1832, Dumas viajou pela primeira vez ao exterior, visitou a Suíça. Passados três anos, foi para a Itália. Em 1838, viajou para a Alemanha e Bélgica. No ano de 1840, o dramaturgo se casou com a atriz Ida Ferrier (1811-1859). O relacionamento durou somente quatro anos. 

O romancista Alexandre Dumas

Foi no ano de 1844, que Alexandre Dumas conheceu o sucesso também como romancista, ele publicou:

  • Os três mosqueteiros;
  • A rainha Margot;
  • O Conde de Monte Cristo.

O sucesso estrondoso das obras tornou Alexandre Dumas um homem rico. Com esses recursos ele ergueu um castelo em Port-Marly, em 1847. Mandou construir, nesse mesmo ano, o Teatro Histórico de Paris. Ainda em 1847, Dumas se tornou comandante da Guarda Nacional de Saint-Germain-en-Laye. 

Problemas financeiros

O escritor participou da Revolução de 1848 e tentou se eleger deputado, porém, não foi bem-sucedido. Em 1850, Dumas foi processado por endividamento. O seu teatro foi à falência. O castelo havia sido leiloado no ano anterior.

Nessas condições, Alexandre Dumas se mudou para Bruxelas em 1851. Em 1853, fundou o jornal “Le Mousquetaire”. Foi apenas em 1854 que ele retornou para Paris. Em 1860, o romancista conheceu o revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi (1807-1882) e se tornou seu apoiador na luta pela unificação da Itália.

Nápoles

Dumas se mudou para Nápoles, na Itália, quando Garibaldi obteve êxito em sua luta. O escritor assumiu o cargo de diretor do Museu Nacional, posição que ocupou até 1864. Fundou ainda o jornal “L’Indipendente”.

Falecimento 

Retornou à França e em 1868 fundou o jornal “D’Artagnan”. Dumas foi um dos poucos escritores negros que alcançaram reconhecimento e dinheiro na sua época. Em 5 de dezembro de 1870, o romancista e dramaturgo faleceu próximo de Dieppe.

Características da obra de Alexandre Dumas

Alexandre Dumas foi um dramaturgo e romancista representante do Romantismo francês. Em suas obras, tanto nos romances quanto nas peças, podemos identificar características de destaque desse estilo como:

  • Subjetividade;
  • Exagero sentimental;
  • Nacionalismo;
  • Protagonistas heróis;
  • Teocentrismo;
  • Defesa dos valores burgueses como castidade feminina, amor, coragem, fé e liberdade;
  • Idealização da realidade tendo como base enredos dinâmicos com aventuras e emoções afloradas;
  • Linguagem com muitas exclamações e hipérboles. 

Obras de Alexandre Dumas

Confira abaixo quais são as obras de Alexandre Dumas:

  • Henrique III e sua corte (1829);
  • Antony (1831);
  • Carlos VII entre seus grandes vassalos (1831);
  • Richard Darlington (1832);
  • Teresa (1832);
  • A torre de Nesle (1832);
  • Catherine Howard (1834);
  • Don Juan de Marana ou A queda de um anjo (1836);
  • Kean (1836);
  • Calígula (1838);
  • Paul Jones (1838);
  • Mademoiselle de Belle-Isle (1839);
  • Lorenzino (1842);
  • Louise Bernard (1843);
  • O castelo de Eppstein (1843);
  • Gabriel Lambert (1844);
  • O conde de Monte Cristo (1844);
  • Os irmãos corsos (1844);
  • Os três mosqueteiros (1844);
  • A rainha Margot (1844);
  • Vinte anos depois (1845);
  • O cavaleiro de Maison-Rouge (1845);
  • Memórias de um médico (1846-1853);
  • Os quarenta e cinco (1847);
  • O visconde de Bragelonne (1847);
  • Catilina (1848);
  • O colar da rainha (1849);
  • Joseph Balsamo (1849);
  • A tulipa negra (1850);
  • Ange Pitou (1851);
  • A condessa de Charny (1853);
  • Minhas memórias (1854);
  • Memórias de Garibaldi (1860). 

 

Os três mosqueteiros

O livro “Os três mosqueteiros” é uma das obras mais famosas de Alexandre Dumas. O enredo apresenta o jovem D’Artagnan, que deseja se tornar um dos mosqueteiros do rei da França no século XVII. 

Juntamente a Athos, Porthos e Aramis, D’Artagnan luta para evitar as armações do cardeal Richelieu e da traiçoeira Milady (ex-esposa de Athos). A trama ainda nos apresenta o grande amor de D’Artagnan, Constance, arrumadeira da rainha Ana de Áustria (1601-1666). Ela é casada com o senhor Bonacieux.

Richelieu

Uma curiosidade é que o vilão, Richelieu (1585-1642), é um personagem histórico real. Ele foi primeiro-ministro de Luís XIII e na história de Dumas ele manipula o monarca para favorecer seus próprios interesses.

Buckingham

Há também outro personagem histórico nessa trama, o duque de Buckingham (1592-1628) que é inimigo de Richelieu. 

Milady de Winter (ou Lady Clark)

A grande ajudante de Richelieu, Milady de Winter (ou Lady Clark), é uma assassina cujo nome verdadeiro é Anne de Bueil. No passado, ela ordenou o assassinato de seu então marido Athos, mas não obteve sucesso. 

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