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Quem foi Adolf Hitler?

O nome de Adolf Hitler marcou o século passado de uma forma bastante negativa. Ele foi líder do nazismo e governante da Alemanha, entre 1933 e 1945. Continue lendo para saber mais sobre a sua biografia. 

Biografia de Adolf Hitler

Em 20 de abril de 1889, nasceu Adolf Hitler em Braunau am Inn, na Áustria. O quarto filho do casal Alois Hitler e Klara Pölzl foi o primeiro a sobreviver aos primeiros anos de vida. Seu pai era um funcionário público respeitado que trabalhava em um posto alfandegário. Sua família tinha boas condições financeiras sendo de classe média. 

Hitler perdeu seus pais ainda na adolescência, o pai faleceu em 1903, devido a um mal súbito, e a mãe morreu em decorrência de um câncer, em 1907. O falecimento do pai colocou fim à pressão que ele sofria para ser funcionário público, pois sonhava em ser artista. 

Após se mudar para Viena, capital austríaca, tentou ingressar na Academia de Belas Artes, mas foi rejeitado duas vezes. Por muito tempo, ele seguiu sendo um desocupado, pois não procurava emprego. Vivia à custa de um empréstimo de uma tia, da pensão pela morte da mãe e de uma herança. 

Primeira Guerra Mundial

Hitler se mudou de Viena para Munique em 1913. No ano seguinte, se voluntariou para o Exército Alemão para fugir do alistamento militar austríaco. No posto de mensageiro se destacou recebendo duas condecorações importantes. 

Ele nunca ultrapassou a patente de cabo (a mais alta permitida para estrangeiros), pois ele era austríaco e não alemão. Sua associação com movimentos de extrema-direita iniciou após os alemães terem sido derrotados na Primeira Guerra Mundial.

Quando a Alemanha assinou a rendição com franceses e ingleses, Hitler estava na enfermaria se recuperando de um ataque de gás mostarda. Ele não conseguiu aceitar a derrota e aderiu a teorias conspiratórias. 

Hitler na política

A Alemanha saiu da primeira guerra derrotada, humilhada e numa grande crise. Esse cenário levou a uma revolução interna que derrubou a monarquia germânica. A república liberal instaurada ficou conhecida como a República de Weimar e era governada pelos social-democratas, partido de centro-esquerda.

Num contexto conturbado, o governo foi visto como traidor pela rendição e pela posterior humilhação imposta pelo Tratado de Versalhes. O desespero e o ressentimento dos alemães em relação ao governo e aos vencedores da guerra tornou o discurso de Hitler cada vez mais ouvido, assim, ele descobriu que seu grande talento era a oratória. 

Em 1919, entrou para o Partido dos Trabalhadores Alemães. Esse partido conservador era declaradamente antissemita, nacionalista e antimarxista. Posteriormente o partido passou a se chamar Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. 

Em 1921, Adolf Hitler já era o líder do partido nazista. Após liderar uma tentativa de golpe na Baviera, em 1923, foi preso, passando um ano recluso. Durante o ano que passou na prisão escreveu o livro “Mein Kampf” (Minha Luta) que se tornou o guia ideológico do nazismo. 

Hitler chega ao poder

Em 1925, após sair da prisão, Hitler deu início à mobilização para reconstruir o Partido Nazista. Os nazistas criaram uma rede de organizações destinadas a atrair diferentes categorias sociais para o nazismo. Havia organizações de juristas, médicos, estudantes, mulheres entre outros grupos.

Seu sucesso se baseava no discurso inflamado que criava bodes expiatórios e prometia fortalecer a Alemanha novamente. Em 1932, ele conseguiu a cidadania alemã e concorreu às eleições para presidente. 

Foi derrotado nessa eleição por Paul von Hindenburg, militar alemão que ficou conhecido por liderar as tropas alemãs na Primeira Guerra Mundial. No entanto, com quase 37% dos votos, teve seu nome fortalecido no cenário político. Em 1933, tornou-se chanceler da Alemanha após grande pressão sobre Hindenburg. 

Medidas de Hitler no poder

Estando no poder, Hitler logo deu início a medidas de perseguição aos opositores do Partido Nazista. Além disso, outros dois nomes nazistas ocuparam cargos-chave no país: Wilhelm Frick (Ministério do Interior) e Hermann Göring (Ministério do Interior da Prússia). 

Em 1933, foi criado o primeiro campo de concentração, o de Dachau, para o qual foram enviados comunistas e social-democratas. Em fevereiro de 1933, ocorreu o incêndio do Reichstag (Parlamento alemão), cuja autoria foi atribuída a Marinus van der Lubbe, jovem holandês comunista. 

Contudo, há historiadores que acreditam que o incêndio foi causado pelos próprios nazistas como uma operação de bandeira falsa. Em 1934, a ditadura nazista se consolidou. O Partido Nazista foi o único em funcionamento. Com o falecimento de Hindenburg, nesse mesmo ano, Hitler recebeu poderes de chanceler e presidente.

Segunda Guerra Mundial

Hitler começou a agir contra o Tratado de Versalhes militarizando novamente a Alemanha. Ele também ordenou o fim do pagamento da indenização instituída pelo acordo. Foram criadas diversas leis discriminatórias contra judeus nesse período. 

O nazista deu início então à constituição do Lebensraum (o “espaço vital” dos arianos). Basicamente, a Alemanha passou a anexar territórios de outros países como Áustria e Tchecoslováquia que foram anexadas em 1938 e 1939, respectivamente. 

Quando invadiu a Polônia, em 1° de setembro de 1939, a Segunda Guerra Mundial teve início. Entre os anos de 1939 e 1941, a Alemanha nazista avançou rapidamente. No entanto, a partir de 1942 começou a ser gradativamente derrotada pelos Aliados. 

Ao perceber a eminente derrota, Hitler se casou com sua amante, Eva Braun, e no dia seguinte, 30 de abril de 1945, cometeu suicídio. Seu corpo foi cremado por soldados alemães. 

Holocausto

Ao longo do governo nazista, o antissemitismo se intensificou na Alemanha levando ao Holocausto. O genocídio teve início em 1941, quando Hitler ordenou que os judeus na Europa fossem executados. O Holocausto foi responsável pela morte de milhões de judeus e de pessoas pertencentes a outras minorias.

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