Revolta Paulista de 1924
A Revolta Paulista de 1924 foi um movimento organizado por jovens oficiais do Exército brasileiro. Esse levante militar fez parte do Tenentismo e objetivava derrubar o governo do então presidente Artur Bernardes. Os oficiais não estavam satisfeitos com a forma como os líderes civis conduziam o país.
A Revolta Paulista de 1924 ocorreu dois anos depois do movimento tenentista realizado no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. Em 1922, o governo federal reprimiu e deu fim às revoltas. O objetivo dos revoltosos em São Paulo era derrubar o governo de Artur Bernardes por discordar da forma como ele conduzia o país.
As tropas governistas contiveram os revoltosos que decidiram então se unir ao tenente Luís Carlos Prestes. Assim teve início a Coluna Prestes, movimento que percorreu o interior do país denunciando os problemas da República Velha.
Muitos dos jovens oficiais do Exército estavam insatisfeitos com os rumos dados ao Brasil pelos líderes civis, no início do século XX. Os tenentes então organizaram um movimento que ficou conhecido como Tenentismo.
O objetivo desse movimento era derrubar o governo de Artur Bernardes e realizar mudanças na estrutura política, como instituir o voto secreto. Nesse período, a política brasileira era dominada pela política do café com leite, ou seja, pelas oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Esse domínio impedia qualquer reforma.
A primeira revolta de oficiais pertencentes ao Tenentismo, ocorreu em 5 de julho de 1922. Armados, os revoltosos partiram do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, que era a capital do país, para derrubar o governo de Artur Bernardes.
No entanto, os participantes da revolta entraram em combate contra soldados governistas sendo derrotados. Muitos participantes acabaram morrendo e outros ficaram seriamente feridos.
Embora não tenha obtido êxito, essa revolta motivou outros jovens tenentes a se organizar e se armar para tentar derrubar o governo. Em 5 de julho de 1924, teve início a Revolta Paulista em referência a Revolta do Forte de Copacabana.
Os revoltosos tinham como seu principal objetivo depor o governo de Artur Bernardes. Eles acreditavam que era necessário realizar profundas reformas políticas na república como:
O General Isidoro Dias Lopes, conhecido pela alcunha de “marechal da revolução”, foi o líder principal da Revolta Paulista de 1924. Em 1923, ele já estava buscando apoio de outros estados para o movimento contra Artur Bernardes.
Foi o general quem ordenou a retirada dos revoltosos de São Paulo, no final de julho de 1924. O grupo marchou rumo ao Paraná para se juntar então às tropas da Coluna Prestes. Outros nomes de liderança do movimento foram Eduardo Gomes e Juarez Távora que integraram as revoltas tenentistas em São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 5 de julho de 1924, a capital paulista foi bombardeada, marcando assim o início da Revolta Paulista. Casas e prédios foram destruídos pelo ataque rebelde. A data foi escolhida pelos revoltosos como uma referência a Revolta do Forte de Copacabana, realizada dois anos antes no mesmo dia.
Para se proteger dos ataques, muitos moradores deixaram a capital rumo ao interior do estado de São Paulo. O governador Carlos Campos deixou a sede do governo paulista e também se refugiou no interior. Ao todo, foram 23 dias de intenso combate.
Muitos inocentes morreram durante os ataques e houve o desabastecimento de alimentos da cidade. Saques foram realizados nas regiões mais afetadas. Esses fatores impactaram o moral dos revoltosos.
Durante o enfrentamento, os revoltosos esperavam receber o apoio de outros estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Amazonas. Assim, eles acreditavam que a causa ganharia amplitude nacional. No entanto, eles permaneceram praticamente sozinhos durante toda a ação.
Sem apoio popular e com a falta de um plano de governo, a Revolta Paulista de 1924, foi rapidamente derrotada. Os integrantes partiram rumo ao interior do estado ou para o Sul do Brasil. Aqueles que continuaram em São Paulo acabaram presos ou mortos.
Agora você conhece melhor a Revolta Paulista de 1924. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!