Em 1968, ocorreu um movimento popular na Tchecoslováquia que recebeu o nome de Primavera de Praga. Basicamente, a população foi às ruas para exigir reformas liberalizantes. Alexander Dubcek tornou-se o primeiro-secretário do Partido Comunista local, fato que contribuiu para a busca pela realização dessas reformas.
A Tchecoslováquia integrava a União Soviética nesse período e dessa forma seguia as regras estabelecidas por Moscou. A Primavera de Praga foi um movimento popular que eclodiu no país em 1968. Populares foram às ruas para exigir reformas liberalizantes.
O governo local buscou concretizar as reformas pedidas quando Alexander Dubcek tornou-se o primeiro-secretário do Partido Comunista do país. Em agosto do mesmo ano, a União Soviética pôs fim ao movimento com o envio de suas tropas para o país.
Em 1947, a União Soviética ocupou a Tchecoslováquia, por algum tempo a população acreditou que isso traria dias melhores. No entanto, o autoritarismo do governo comunista acabou com qualquer esperança nesse sentido.
Os países anexos à União Soviética reivindicavam por mais liberdade após a morte de Stalin, em 1953. A Primavera de Praga, em 1968, foi a manifestação da insatisfação da população local em relação a essa postura autoritária de Moscou.
Em 5 de janeiro de 1968, Alexander Dubcek assumiu o comando do Partido Comunista da Tchecoslováquia. Embora mantivesse fortes laços com Moscou, Dubcek também tinha uma relação próxima com os intelectuais que defendiam um “socialismo mais humano”.
O debate promovido pelos intelectuais a respeito desse socialismo humanizado teve grande relevância na Primavera de Praga. No decorrer da década de 1960, era comum que professores e pensadores conhecidos fossem vistos em manifestações em todo o mundo. Dentre os nomes que se juntaram a essas causas publicamente estão:
A participação desses nomes contribuiu para que as ideias das manifestações fossem amplamente divulgadas e debatidas. O intelectual passou a ser uma pessoa pública que ratificava as causas que apoiava e ajudava a trazer mais pessoas para os movimentos. O movimento estudantil Poder Jovem se uniu à causa participando dos debates.
Alexander Dubcek implementou algumas reformas na Tchecoslováquia visando implantar um “socialismo mais humano”. Confira abaixo quais foram essas reformas:
As reformas citadas acima foram reunidas em um documento chamado “Plano de ação”, publicado em abril de 1968. A Tchecoslováquia visava ter um governo comunista mais democrático e livre. Outros países do bloco comunista, como Hungria e Iugoslávia, apoiaram a proposta desse documento.
Moscou não concordou com o documento, o governo soviético acreditava que a Primavera de Praga poderia levar outros países a buscar mais liberdade. Isso poderia significar a desestabilização do bloco.
O Comitê Central da União Soviética juntamente a membros da KGB decidiram intervir na Tchecoslováquia. A pressão dos intervencionistas levou Leonid Brejnev, o líder soviético, a aderir ao movimento contrário à Primavera de Praga.
Mesmo com a censura na comunicação, os jornalistas conseguiam enviar informações e imagens do movimento para o mundo. A imprensa mundial acompanhou os desdobramentos da Primavera de Praga.
Em 21 de agosto de 1968, os soldados soviéticos que se deslocavam para conter a Primavera de Praga diziam estarem indo salvar a Tchecoslováquia. No entanto, ao se depararem com a resistência civil, esses mesmos soldados se surpreenderam.
Diversas unidades da tropa soviética se viram incapazes de agir e precisaram ser substituídas. A Primavera de Praga foi encerrada enquanto os manifestantes resistiam pacificamente. Em 1969, Alexander Dubcek renunciou ao cargo.
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