No período medieval, os impérios africanos foram conquistados por outros povos e etnias. Esse processo levou a uma série de mudanças, uma vez que esses reinos passaram para o comando de um rei com outra visão política, cultural e econômica. Continue lendo para saber mais.
A história da África, na Idade Média, está intimamente relacionada com a existência de reinos. A seguir iremos apresentar esses reinos com um pouco mais de detalhes.
O Reino Axumita é conhecido também como Império Axumita ou reino de Axum e existiu por mais de oito séculos. Esse reino estava localizado no território que, atualmente, conhecemos como Etiópia.
A origem desse povo pode ter relação com personagens históricos, alguns citados na Bíblia como o Rei Salomão e a Rainha de Sabá. No seu auge, esse império conquistou e controlou centenas de hectares de terra.
O Reino Axumita possui forte relação com o Mar Vermelho, tal relação possibilitou o desenvolvimento de rotas comerciais. A troca de mercadorias favoreceu o contato entre pessoas de continentes diferentes com outros costumes, religiões e culturas.
Os axumitas tiveram amplo contato com os árabes e a partir dessa relação conheceram o cristianismo como religião. Essa crença adquiriu grande relevância dentro do reino. A expansão do mercantilismo na Europa contribuiu para diversas nações europeias partirem em direção à África.
O objetivo dos europeus era o de colonizar e explorar matérias-primas. Inicialmente, o Reino Axumita resistiu a esse processo de dominação e assim o imperador foi bastante honrado pelos seus súditos. No entanto, foi necessário um maior isolamento no âmbito comercial e de relações com outros povos.
Essa forma de proteção que isolou o Império Axumita contribuiu para o crescimento do islamismo e consequentemente levou ao seu enfraquecimento. Com o passar dos anos, o Império Axumita chegou ao fim.
O Império ou Reino de Gana é um dos Estados mais antigos da África, tendo sua origem por volta dos anos 800 a.C. Existiu por muitos séculos, o seu fim chegou em torno de 1200 d.C.
De acordo com registros históricos, acredita-se que povos de origem mandê, chamados de soninquês, criaram vilas e cidades que se uniram após algum tempo. Havia a figura de um governador em comum com culturas e costumes parecidos.
Esse reino estava localizado em uma região da África ocidental em que há grande número de jazidas de ouro e outros metais preciosos. Tais riquezas foram essenciais para a economia do império de Gana.
A história desse povo foi influenciada pelo posicionamento geográfico. Pelo fato de terem o território dividido pelo deserto do Saara, os soninquês não conseguiam se deslocar dentro do continente. Um dos reflexos desse isolamento foi o pouco contato com outros povos e culturas externas.
Ainda que fosse um território isolado, o reino de Gana cresceu consideravelmente tanto pelas suas riquezas quanto pelos impostos que os povos conquistados pagavam. O processo de comercialização começou com a chegada dos camelos para atravessar o deserto. Gana foi um dos reinos mais ricos de sua época.
O declínio desse império está intimamente ligado às conquistas islâmicas do território africano. Os ganeses se opuseram a conversão ao islamismo. O reino foi se fragmentando gradativamente após o saque realizado por imperialistas na capital Kumbi-Saleh.
O surgimento do Império do Mali se deu a partir do Império de Gana. Dentre os territórios conquistados pelos ganenses, existia uma área ocupada por um povo chamado de mandingas. Eles residiam em um espaço amplo e eram um povo numeroso. Após realizar muitas guerras, os soninquês se libertaram.
Em parte, a liberdade conquista dizia respeito a religião, pois Gana não desejava adotar o islamismo, como o Reino do Mali fez. Em seguida, foi empreendido um projeto imperialista sólido em que havia:
Essa tática de subordinação teve sucesso, uma área com mais de 100 mil quilômetros quadrados foi conquistada.
Paralelamente à fragmentação de Gana, o Império de Mali foi crescendo e dominando a área. Heranças culturais, políticas e riquezas advindas do ouro foram sendo absorvidas.
O Reino do Mali estava localizado perto de minas de ouro, assim como também do Rio Níger. Logo, esse império tinha acesso a riquezas e a recursos hídricos que contribuía para o desenvolvimento de áreas férteis para a agricultura.
As áreas que eram ocupadas por esse reino equivalem, atualmente, à República de Mali e à República da Guiné.
Houve diferentes razões que levaram a queda do Império do Mali, dentre elas destacam-se:
Esse foi um dos maiores impérios islâmicos do continente africano e foi responsável por conquistar o Império do Mali, a partir do século XV. Nessa época houve a conquista de um centro comercial central na gestão do antigo mundo africano.
Geograficamente, a localização desse império é semelhante à localização do Império do Mali, ou seja, próximo do Rio Níger, República do Mali e Nigéria. Dessa forma, também foi um reino que dependia das propriedades e recursos do rio Níger.
Também vivia da exploração do ouro e metais para fazer ferramentas. Outro ponto semelhante com o reino do Mali era a união da religião ao comércio, fabricavam artigos religiosos islâmicos.
Os povos de Songhai, culturalmente, eram responsáveis pela ascensão intelectual no território africano incluindo aulas focadas em pontos centrais do império. Esse reino entrou em decadência devido a conflitos internos e a dificuldade de gestão. Por fim, o território foi fragmentado por diferentes grupos e povoados.
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