O graduando do curso de Letras deve dedicar um tempo considerável de sua preparação à leitura. É importante estar ciente que, ao longo dessa jornada de preparação, especialmente para quem deseja trabalhar como professor, a leitura não pode se restringir aos textos literários e gramaticais.
No artigo a seguir listamos os 10 livros que não podem faltar para esse graduando.
Confira abaixo a lista de 10 livros que contribuem para uma formação mais completa do graduando em Letras.
Marcos Bagno é professor e elaborou essa obra para examinar e descrever o funcionamento do português brasileiro contemporâneo. O livro objetiva contribuir para a formação do docente.
Para o autor, cursos de Letras que reproduzem ideias obsoletas a respeito da língua não cumprem o seu papel. O último capítulo a respeito da didática do português brasileiro merece destaque.
Nesta obra o autor faz uma análise a respeito da situação educacional em que se encontram as crianças alemãs e polonesas após o término da Segunda Guerra Mundial. Ele afirma que a educação deve urgentemente lutar contra a barbárie.
O graduando de Letras, especialmente quem está fazendo licenciatura, deve refletir a respeito de como os fatores sociais interferem no ensino. No Brasil, essas reflexões podem se voltar para como a violência urbana interfere no processo educacional.
O maranhense Amâncio de Vasconcelos vai à Corte para cursar o primeiro ano da Escola de Medicina. O leitor acompanha as experiências desse estudante a partir de uma obra estruturada nos padrões estéticos do Realismo-Naturalismo.
A pensão em que Amâncio se instala é descrita sob o viés determinista marcante desse estilo literário. A degradação e a imoralidade são descritas com refinada ironia.
Este livro caracteriza-se por ser uma novela sociolinguística a respeito de três estudantes universitárias que decidem passar suas férias no sítio da tia de uma delas. A tia em questão é Irene, uma professora de linguística. Essa obra nos oferece uma visão interessante a respeito do preconceito linguístico, ou seja, a discriminação daqueles que não dominam a norma culta.
A Eulália que dá título ao livro é uma cozinheira que representa os não-falantes do português tido como padrão. A partir dessa rica personagem podemos fazer análises profundas a respeito do que é ou não adequado na norma culta.
Esta obra possui dezoito capítulos divididos nas três partes que compõem o seu subtítulo: oralidade, escrita e leitura. A primeira etapa se propõe a debater a abordagem do ensino a respeito da oralidade. O mesmo acontece nas partes seguintes, sendo uma importante base para o graduando em Letras.
Maria Lúcia Aranha aborda em cada um dos doze capítulos dessa obra a educação em um contexto histórico distinto. Esse panorama tem início com a educação tradicionalista da Antiguidade oriental até a educação do nosso século que possui o auxílio das tecnologias.
Neste livro é feita a coletânea de doze artigos que estão organizados em quatro tópicos essenciais para a formação de professores. Estão em pauta os fundamentos, práticas na sala de aula, leitura na escola e a produção de textos. Há ainda o debate a respeito do ensino de Literatura apenas como pretexto para o ensino de regras gramaticais. Isso reduz o prazer do estudante de ler.
Nesta obra, a autora Ângela Kleiman apresenta ao leitor as diferenças existentes entre letramento e alfabetização. Os dois conceitos são usados também como base para que ela discorra sobre leitura não somente no contexto escolar, mas também enquanto prática social. Este livro é bastante relevante para os graduandos de Letras porque desmistifica o letramento e apresenta sugestões de atividades para sua prática.
Um livro que serve de base para os estudantes de Letras e que constantemente passa por atualizações, recebendo acréscimos ao seu conteúdo. Esta obra retrata a língua atual e as possibilidades gramaticais que ela oferece. Também está em consonância com o Novo Acordo Ortográfico de 2016.
Evanildo Bechara faz parte da Academia Brasileira de Letras e tem papel de correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. É considerado como um dos maiores gramáticos do país.
Essa obra está dividida em doze capítulos e um capítulo introdutório. Aborda o ensino da língua materna no ensino médio assim como a formação de professores. Conceitos bastante relevantes são apresentados nessa obra, como o letramento escolar, letramento situado, projetos interdisciplinares, história da literatura, enunciação, literatura entre outros.
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