A pintora Anita Malfatti foi um importante nome da arte brasileira do começo do século passado. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922 tendo papel essencial na divulgação das tendências modernistas. Continue lendo para saber mais.
Nascida em 2 de dezembro de 1889, em São Paulo, Anita Malfatti foi uma importante pintora brasileira. Inicialmente, aprendeu a pintar com sua mãe e, em 1914, foi estudar no Museu Real de Artes e Ofícios, na Alemanha.
Estudou, respectivamente, em 1915 e 1916 na Arts Students League of New York e na Independent School of Art, nos Estados Unidos. Realizou sua primeira exposição individual em 1914, em São Paulo.
Porém, foi a exposição de 1917 que se tornou a mais famosa devido a sua relevância para o desenvolvimento do modernismo no Brasil. Essa exposição recebeu uma dura crítica negativa do escritor Monteiro Lobato (1882-1948).
Foi um dos nomes de destaque da Semana de Arte Moderna de 1922. O evento celebrava o centenário da independência do Brasil e divulgava as novas tendências da arte nacional, o modernismo.
Anita Malfatti conheceu o auge de sua carreira no modernismo. No entanto, quando alcançou mais maturidade artística buscou fazer uma arte mais espontânea com temática baseada na cultura popular. Faleceu em 6 de novembro de 1964.
Bety Malfatti, mãe de Anita, foi quem a ensinou a pintar. Como ela tinha uma atrofia no braço e mão direita, desenvolveu a habilidade de pintar com a mão esquerda.
As primeiras pinturas dela remontam a 1909. Em 1910, se mudou para a Alemanha onde ficou até 1914 e teve contato com o expressionismo.
Anita Malfatti entrou para a história da arte brasileira como uma das precursoras da pintura modernista. O modernismo ganhou força durante a Semana de Arte Moderna de 1922. Nesse período ela integrou o chamado “Grupo dos Cinco” constituído, além de Anita, por:
Anita se mudou para Paris, em 1923, e retornou ao Brasil apenas em 1928 para lecionar pintura e desenho. A partir dessa fase da vida, a pintora, ilustradora, gravadora, desenhista e professora foi se afastando do modernismo.
Alguns acontecimentos relevantes da sua carreira nesse período foram:
O modernismo, estilo proeminente na obra de Anita Malfatti, foi inaugurado na Semana de Arte Moderna de 1922. O movimento rompeu com a arte tradicional, isto é, com o estilo acadêmico. A ideia era que fosse criada uma arte nacional e independente.
O nacionalismo foi uma das características mais marcantes do movimento modernista brasileiro. Inicialmente, o modernismo estava focado no contexto urbano. A exposição realizada por Anita Malfatti em 1917 é apontada como um dos principais acontecimentos artísticos que culminaram na realização da Semana de Arte de 1922.
O modernismo brasileiro foi bastante influenciado pelas vanguardas europeias como:
Anita Malfatti foi influenciada, inicialmente, pelo expressionismo. Nesse período suas obras fogem da técnica tradicional do claro-escuro e adquirem um visual mais experimental. Não havia preocupação com a representação fidedigna, ou seja, da realidade.
Há diversas imagens com contornos ondulantes e grossos nesse período. A temática nacionalista é bastante presente no trabalho de Malfatti como na obra “Tropical” de 1917.
Malfatti começou a se afastar do modernismo, ainda nos anos 1920, porém, sem romper com o movimento. Nessa fase, ela voltou seu interesse para o fauvismo, isto é, uso de cores mais intensas. Sua temática se tornou mais regionalista e era possível identificar um diálogo com a pintura clássica.
Havia uma busca por uma expressão mais original em seu trabalho. O amadurecimento do seu trabalho levou a uma pintura mais espontânea, independente e focada em temas da cultura popular.
Entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, foi realizada a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. Jovens artistas brasileiros decidiram realizar um evento para apresentar as novas tendências artísticas e paralelamente celebrar o centenário da independência do país.
Ao longo dessa semana, foram realizadas exposições, concertos e conferências. Alguns dos nomes que participaram do evento foram:
O evento foi aberto em 13 de fevereiro de 1922, com a conferência do escritor Graça Aranha (1868-1931). Na noite de 14 de fevereiro, foi a vez de Ronald de Carvalho (1893-1935) ler o poema “Os sapos” de Manuel Bandeira. A plateia, formada por membros da elite paulistana, vaiou o poema.
A terceira noite ficou marcada pelo concerto de Villa-Lobos em que ele se apresentou de chinelo e teve a rejeição de parte do público. Anita Malfatti contribuiu com 20 trabalhos para o evento. A obra “O homem amarelo” fez parte do evento que contou com 100 obras de diferentes artistas, como:
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